No terceiro sábado de setembro, que neste ano é dia 17, é celebrado o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea. O Hemocentro de Rio Preto e o Hemonúcleo de Catanduva, da Fundação Faculdade Regional de Medicina (Funfarme), são referências do País no cadastro de doadores de medula óssea.

Segundo normas do Ministério da Saúde, para se cadastrar como doador de medula, basta ter entre 18 e 35 anos e estar em bom estado de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante), apresentar um documento oficial com foto e preencher um formulário com dados pessoais.

“Nós coletamos uma pequena amostra de sangue, de aproximadamente 4 ml, bem menor que uma doação de sangue tradicional, para o teste de tipagem, para verificar a compatibilidade do doador. Os dados que o doador nos informa devem estar sempre atualizados”, orienta Segundo Camila Galvão, supervisora de captação do Hemocentro. “Se algo mudar, como endereço, telefone ou outras informações, o doador precisa nos procurar para atualizar.”

A doação de medula pode salvar a vida de pacientes com várias doenças, como leucemias, linfomas, falências medulares e anemias hereditárias. A busca pelo doador começa pela família, mas quando ele não é encontrado entre os parentes próximos é preciso acionar o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em que a chance de encontrar um doador completamente compatível é de uma para cem mil cadastros.

Joselaine de Jesus Pacheco dos Santos, de 46 anos, auxiliar de produção, está cadastrada como doadora de medula há 15 anos. Pela primeira vez, ela foi chamada para fazer os exames para verificar a compatibilidade com um possível receptor. “Foi uma alegria tão grande que é como se eu tivesse ganho na loteria. Se der certo, vai ser uma bênção enorme de Deus na minha vida poder ajudar alguém”, afirma Joselaine.

Caso não seja possível encontrar um doador completamente compatível, é possível realizar o transplante com algum familiar ou alguém do banco com quem haja compatibilidade compatibilidade.

Dr. João Victor Piccolo Feliciano, chefe do Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Hospital de Base, explica que existem dois métodos para coleta da medula óssea: o clássico, que retira a medula dos ossos da bacia, e a aférese, que faz a retirada por um processo semelhante à doação de sangue.

No clássico, não é necessário preparo do doador, mas é preciso internar, em geral com alta no dia seguinte e repouso em casa por alguns dias. Na aférese, não é preciso internar, mas é necessária uma preparação por meio de um medicamento para que as células-tronco migrem da medula óssea para o sangue. O processo dura de quatro a seis horas.

“Ambos os processos são seguros. A indicação de qual processo seguir se baseará em parâmetros clínicos do paciente, escolha da equipe médica e, principalmente, a escolha do doador”, explica o Dr. João Victor Piccolo Feliciano, que reforça que o transplante de medula é a única alternativa para muitos pacientes.

FAÇA SEU CADASTRO

Hemocentro Rio Preto
Avenida Jamil Feres Kfouri, 80 - Jardim Panorama.
Funcionamento todos os dias (inclusive aos sábados, domingos e feriados), das 7h às 13h.
Contato: (17) 3201-5151 / (17) 99623-9985.

Hemonúcleo Catanduva
Rua 13 de Maio, 974 - Centro
Funcionamento de quarta a domingo (inclusive feriados), das 7h às 13h.
Contato: (17) 3522-7722.